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O NESol

por Comunicação Social publicado 08/02/2018 17h56, última modificação 08/02/2018 17h56

O Núcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Economia Solidária e Incubação de Cooperativas e Empreendimentos Populares (Núcleo de Economia Solidária – NESol) , é uma organização de cunho acadêmico, órgão da Diretoria de Pesquisa e de Extensão do câmpus Pelotas, com o objetivo de:

  • —Incubar/acompanhar e assessorar, sistematicamente, grupos de Economia Solidária - EcoSol; e, nessa perspectiva, articular ensino, pesquisa e extensão, para a produção, a divulgação, a aplicação de conhecimentos e a formação profissional nas áreas do trabalho, da educação popular e ambiental e da Economia Solidária e ;
  • —Sistematizar as experiências e tecnologias em EcoSol, transformando-as em dados, conhecimento e ciência;
  • Articular a comunidade acadêmica (estudantes, professores e técnicos administrativos, egressos docentes e estudantes voluntários), agentes sociais e empreendimentos populares para o suporte e a construção da EcoSol;
  • Organizar-se de forma autogestionária tendo por base a livre associação e a democracia direta nas relações internas entre os participantes.

 Compete ao NESol / IFSul, câmpus Pelotas:

I - desenvolver estudos, fomentar e divulgar programas, planos, projetos e atividades de ensino, pesquisa, extensão e outras ações que tenham como objeto o trabalho, a educação popular, a educação ambiental e a Economia Solidária, a partir de uma perspectiva interdisciplinar;

II - articular as unidades acadêmicas e administrativas, com vistas a otimizar esforços e a fortalecer a produção de conhecimento e a implementação de atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, nas áreas de interesse do NESol;

III - possibilitar a realização de estágios acadêmicos destinados a atender as necessidades de formação profissional dos estudantes do IFSul, câmpus Pelotas;

IV – responder pela gestão e suporte científico e operacional da Economia Solidária;

V - aprimorar a formação de sujeitos para atender às necessidades científicas e tecnológicas da Economia Solidária e da Educação Profissional, técnica e tecnológica, nas áreas de sua especialização, por meio da promoção de cursos, seminários e outras atividades educativas;

VI - propor a criação e a participação em grupos de estudos, integrados por especialistas nacionais e internacionais, visando o desenvolvimento de temas relacionados com suas áreas de interesse;

—VII - estruturar bases de dados de grupos, de pesquisadores e de produção científica, visando o estabelecimento de intercâmbio e a articulação de ações em rede;

—VIII - desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão necessárias para conferir relevância acadêmica e eficácia social às ações que envolvam a Economia Solidária, em articulação com outras instituições de ensino e, especialmente, com os núcleos similares;

—IX - realizar estudos sobre as ações de outras incubadoras ou redes de apoio na área de Economia Solidária, visando divulgar experiências, estimular e fortalecer o trabalho em rede, facilitar avaliações e aperfeiçoar tais ações;

—X - desenvolver mecanismos permanentes de cooperação, na perspectiva de constituir parcerias e assegurar a interlocução entre o conhecimento científico e os saberes populares;

XI - desenvolver estudos sobre tecnologias e métodos adequados para os empreendimentos apoiados pelo NESol, com vistas à produção de tecnologias sociais que estimulem e fortaleçam os empreendimentos autogestionários;

XII - propor a celebração de acordos ou outras formas de parceria com outras entidades públicas e privadas, empresas, organizações e movimentos da sociedade em geral, visando sempre à consecução dos objetivos do Núcleo, em acordo com as normas e decisões institucionais do IFSul;

—XIII - captar e gerenciar recursos financeiros, originários de editais internos e externos, de convênios e de outras formas de parcerias realizadas e destinadas à implantação e ao desenvolvimento dos programas, planos, projetos e atividades necessários ao cumprimento de seus objetivos;

—XIV - cumprir a Missão expressa no Projeto Político Institucional - PPI bem como o Plano de Desenvolvimento institucional - PDI do IFSul.

A Economia Solidária

O incremento da agenda das políticas neoliberais no Brasil durante os anos 80 e 90, determinou o processo de empobrecimento e de perda de direitos da força de trabalho, combinado à desaceleração da economia que gerou o desaparecimento de postos de trabalho.

Nesse contexto, importantes segmentos da classe trabalhadora foram empurrados para baixo da linha da pobreza juntando-se a outros setores historicamente marginalizados econômica e socialmente.

Diante dessa realidade desoladora para os trabalhadores, emergiram iniciativas de trabalho associado por parte desses segmentos sociais, representando, ao mesmo tempo, uma forma de resistência específica e constante ao processo de exploração extrema e uma saída construída em um complexo processo de lutas mais amplas pelos setores explorados em geral.

A Economia Solidária surge nesse contexto como uma resposta imediata dos pobres, dos desempregados e dos excluídos do mercado de trabalho assalariado à nova dinâmica da sociedade do consumo e do Capital, produtora dessas misérias humanas.

Nesse sentido, a Economia Solidária apresenta-se como potencial estratégia que alia a luta contra a precarização econômica e social, gerando trabalho e renda, com princípios de uma perspectiva transformadora da sociedade no sentido de promover a sua mudança, perseguindo a lógica do conceito de “bem viver” em sociedade e nas relações desta com o próprio meio ambiente, as sociedades humanas e o planeta como um todo. Na verdade,

 “a economia solidária é uma alternativa em contraponto ao modelo hegemônico de desenvolvimento capitalista. As práticas e valores da economia solidária possibilitam o resgate e a valorização das diversas formas de trabalho associado em iniciativas econômicas contextualizadas que consideram diversidades ecológicas, culturais e étnicas...” (III CONAES, 2014).

Assim, a expressão Economia Solidária tem designado uma gama expressiva de experiências econômico-sociais, que vão desde a agricultura familiar, passando por empresas recuperadas, até redes de financiamento e clubes de trocas. 

É possível caracterizar a Economia Solidária como um amplo movimento social em rede que congrega uma série de experiências econômico-sociais, cujo manifesto caráter anticapitalista autoriza a pensá-la como possibilidade de estratégia de transformação da sociedade desde a materialidade até a dimensão da cultura, representando uma nova expressão do cooperativismo, baseado em valores como solidariedade, autogestão, autonomia, mutualismo, economia moral, proteção/preservação ambiental que, na resistência ao desemprego estrutural e  à precarização do trabalho, evoca a a superação à hegemonia do Capitalismo na sociedades humanas atuais.

O surgimento e a trajetória da Economia Solidária no Brasil se configura nesse contexto, uma vez que se constitui a partir, especialmente, de grupos sociais cuja inserção hierárquica é a mais precária do ponto de vista material e, consequentemente jurídico. O que fica explícito na luta incessante e central deste movimento social em duas direções: a criação de estruturas próprias que atendam seus interesses (reivindicações) junto ao Estado em suas diversas esferas (Conselhos participativos, Fóruns, ministérios/secretarias etc.); e a criação de um escopo jurídico no sentido da garantia de acesso e de manutenção de direitos.

Portarias do IFSul:

Portaria 1814 de 16 de novembro de 2010

Portaria 0535 de 28 de março de 2012

Portaria 0790 de 22 de março de 2013

Links para saber mais:

https://www.youtube.com/watch?v=RLb-QUFEWQc

https://www.youtube.com/watch?v=aInVg0qFrnc

https://www.youtube.com/watch?v=Y_YMBUyk3_k

http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/12/sop.html