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Estudante da engenharia química é selecionada para participar do projeto Lapassion

MOBILIDADE

Gabriela Dutra Alves representará o IFSul em atividades que serão desenvolvidas em instituições de ensino do Uruguai
publicado: 21/12/2018 10h26, última modificação: 21/12/2018 10h26

O IFSul já conhece o seu primeiro representante no projeto Lapassion, que será executado entre 11 de março e 17 de maio de 2019, em Montevidéu, no Uruguai. É a estudante Gabriela Dutra Alves, 24 anos, aluna da engenharia química do câmpus Pelotas. A segunda e última vaga está sendo definida em novo edital, e o resultado será divulgado no dia 28 de dezembro.

É a primeira vez que Gabriela participa de uma seleção para o Lapassion, projeto multidisciplinar de práticas latino-americanas e habilidades interpessoais em uma rede orientada para a inovação do Programa Erasmus+, da União Europeia e da Iniciativa de Fortalecimento e Capacitação para Instituições de Ensino Superior, gerenciada pela Agência de Execução Educacional, Audiovisual e Cultural (EACEA).

Como um dos parceiros da iniciativa, o IFSul tem direito de selecionar dois estudantes de ensino superior para participar dessa mobilidade internacional. Uma vaga é para alunos de engenharia química e dos cursos superiores de tecnologia em gestão ambiental e saneamento ambiental, e outra para os de engenharia de controle e automação e engenharia elétrica.

Os contemplados receberão do próprio projeto Lapassion (Programa Erasmus+) um auxílio financeiro de 3.370 euros - mais de R$12,7 mil, conforme cotação de novembro de 2017, prevista em edital. O dinheiro será destinado para o custeio de despesas com hospedagem, alimentação, transporte e seguro.

Nas dez semanas de atividades a serem desenvolvidas em Montevidéu, Gabriela e o outro representante do instituto estarão envolvidos em projetos e estágios multidisciplinares que terão como foco o lado humano dos estudantes, já que o principal desafio da proposta do Lapassion, edição Uruguai, é utilizar os conhecimentos dos participantes em ações que contribuam para melhorar as condições de vida das crianças.

Expectativa

A única experiência internacional de Gabriela até então foi uma esticadinha a passeio até a vizinha Rio Branco, cidade uruguaia na fronteira com Jaguarão (RS). Por isso, a viagem a Montevidéu, em março, está sendo tratada pela estudante do câmpus Pelotas como uma oportunidade pra lá de especial.

“Acredito no projeto e acredito no poder que temos de transformar através dos nossos atos e gestos. Eu estarei partindo para esta nova jornada não só com meus conhecimentos técnicos da área, mas também com a visão aberta para o novo e o desconhecido. É uma via de mão dupla, não só eu irei trabalhar em algo para melhorar a vida das crianças, como também irei me transformar com esta experiência. É uma jornada de altruísmo e autodescoberta”, ressalta.

Gabriela decidiu participar da seleção justamente pelo viés social e multidisciplinar da proposta. Foi para a entrevista motivada e convicta do que poderia contribuir com o projeto, tanto que em sua carta de motivação, uma das três etapas previstas no processo, tirou a nota máxima - um 10.

“A ideia do projeto converge muito com o que acredito, é como uma prévia da vida depois da faculdade, pessoas diferentes, das mais diferentes áreas, trabalhando juntas para solucionar um problema. Fazemos parte de um mundo que não é setorizado, e sim globalizado”, argumenta.

Ex-aluna do curso técnico em química do câmpus Pelotas, a estudante conta que decidiu ingressar em engenharia química por se tratar de um curso “muito abrangente”, que oferece um grande leque de possibilidades e oportunidades de atuação.

“Química é a ciência da transformação e está presente em nosso dia a dia e em tudo que possamos imaginar”, resume.

Em sua trajetória no câmpus Pelotas, Gabriela acabou se identificando muito com a área de pesquisa. Por três anos, foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), trabalhando sob orientação do professor Jander Monks, atual coordenador da engenharia química.

“Trabalhei com iniciação científica na área de alimentos, desenvolvendo produtos para celíacos e intolerantes a lactose, trabalhei com alimentos funcionais e até mesmo em ensaios biológicos no Biotério da UFPel (Universidade Federal de Pelotas). A pesquisa é maravilhosa tanto para crescimento pessoal como profissional, ela proporciona uma visão além da sala de aula e faz com que a gente amadureça muito enquanto pesquisadores. A pesquisa também me oportunizou ministrar minicursos na área de alimentos, em outras instituições de ensino e eventos”, relata.

A experiência que está prestes a ganhar com a participação na mobilidade internacional do Lapassion tem gerado muitas expectativas para Gabriela. Ela está confiante e determinada para esta que será uma jornada inesquecível em sua vida.

“Será uma experiência engrandecedora, tanto pessoal como profissional. Sem dúvida, será uma oportunidade de contribuir não só com o que aprendi durante a graduação, com os conhecimentos técnicos, mas também transpessoais”, define.

Gabriela comemora seleção para o projeto Lapassion ao lado de professores da engenharia química.