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Câmpus Pelotas realiza homenagem póstuma a Luis Artur Borges Pereira

ANIVERSÁRIO

Iniciativa faz parte das festividades dos 75 anos da instituição
publicado: 10/10/2018 19h05, última modificação: 10/10/2018 19h05

A sala de estudos da biblioteca do câmpus Pelotas ganhou o nome do servidor Luis Artur Borges Pereira, falecido em abril, vítima de um infarto. A placa em homenagem ao técnico-administrativo que completaria 55 anos em agosto foi descerrada nesta quarta-feira (10), em cerimônia que contou com a presença de dirigentes do IFSul, familiares e amigos de Luisinho, como era carinhosamente chamado dentro e fora da escola.

Uma réplica da placa foi entregue durante a cerimônia à viúva de Luis Artur, Nara Cristina Nunes Borges Pereira. O trecho final do texto que ilustra a homenagem traz uma mensagem que traduz parte do sentimento daqueles que conviveram com Luisinho: “Não morre quem vive no coração dos amigos”.

Emocionada, Nara Cristina agradeceu ao câmpus Pelotas pela homenagem e destacou o caráter de Luisinho - com quem foi casada por 14 anos -, não só como servidor público, mas também como marido, amigo, professor e líder religioso na Igreja do Evangelho Quadrangular.

“O Luisinho sempre estava pronto para ajudar o outro. Sacrificava até mesmo projetos pessoais para atender a quem quer que fosse”, contou a viúva. “Ele é o amor da minha vida. Com toda a certeza, fui a mulher mais amada do mundo”, completou.

Para Luciara Morales, a Taia, amiga de infância e companheira de trabalho no IFSul, Luisinho ainda está muito presente em suas lembranças e, sobretudo, em seu coração.

“A ficha ainda não caiu pra mim. Parece que ele não partiu. Sinto a presença dele em todos os momentos”, assegurou.

Coordenadora da biblioteca, Ceila Soares afirmou que a indicação de Luis Artur para dar nome à sala de estudos da biblioteca foi acertada. Segundo ela, o local, além de ter sido o último setor em que ele atuou, está diretamente ligado ao trabalho que desempenhou nas áreas da educação e cultura.

“A sala de estudos de nossa biblioteca ganha um nome. Para nominá-la, escolhemos alguém que muito contribui com a literatura, que muito leu e pesquisou neste recinto. Nosso homenageado deixa, por certo, um pouco de seu legado. Que seu otimismo, sua perseverança e sua dedicação possam contagiar a todos os estudantes e usuários em geral que utilizam este espaço”, justificou.

O reitor do IFSul, Flávio Nunes, disse que ficou muito feliz ao saber que o câmpus Pelotas faria uma homenagem ao servidor Luis Artur Borges Pereira dentro da programação de aniversário da instituição. Presente na cerimônia de descerramento da placa, o reitor fez questão de parabenizar os organizadores pela iniciativa.

“Parabéns ao câmpus Pelotas pela iniciativa. Parabéns à família pelo momento. A biblioteca é o coração do conhecimento, e nada mais justo dedicar esta homenagem ao Luisinho, que teve sua história muito ligada à instituição, ao conhecimento, e isso tem que ficar eternizado”, destacou.

Para o diretor-geral do câmpus Pelotas, Carlos Jesus Anghinoni Corrêa, a homenagem póstuma a Luisinho foi um dos momentos mais emocionantes de toda a programação preparada para celebrar os 75 anos da instituição. O gestor reforçou a importância de Luis Artur como servidor e “na tarefa de ajudar ao próximo”.

“Uma simples homenagem a um grande amigo”, finalizou.

Imortal

Natural de Pelotas, Luis Artur Borges Pereira era graduado em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), especialista em Literatura Brasileira Contemporânea pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), além de mestre e doutor em História da Educação, também pela UFPel.

Há cerca de quatro anos, tornou-se um dos imortais da Acadêmia Pelotense de Letras. O convite para ocupar a cadeira número 18 veio da própria entidade, após análise criteriosa de toda a produção científica do professor que se tornou um especialista na vida e obra de João Simões Lopes Neto, um dos mais respeitados autores do Rio Grande do Sul e um dos símbolos da história pelotense.

Desde 1993, Luisinho atuava como servidor técnico-administrativo no hoje câmpus Pelotas do IFSul. Como professor, pesquisador e escritor, construiu uma carreira alicerçada no conhecimento e no amor pela educação e cultura. Em 2015, recebeu o prêmio Trezentas Onças, projeto instituído pelo Instituto João Simões Lopes Neto em 2005, com o objetivo de reconhecer aqueles que lutaram, de uma forma ou outra, pela preservação da memória do reconhecido escritor pelotense João Simões Lopes Neto. O nome da honraria é uma homenagem direta a um dos mais conhecidos contos de Simões.