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Câmpus investe cerca de R$1,4 milhão em obras na Química
REESTRUTURAÇÃO
Após espera de pelo menos uma década, o prédio do curso técnico em Química, enfim, está recebendo uma série de intervenções para reestruturação do térreo e segundo pavimento. Segundo a direção-geral do câmpus Pelotas, foram investidos cerca de R$1,4 milhão na obra, que deve ser concluída em junho deste ano.
Os trabalhos, executados pela IBH Construções, começaram em 27 de junho do ano passado. De acordo com o projeto, estão sendo construídos laboratórios tanto para aulas práticas como para o uso exclusivo de professores e grupos de pesquisa. Diferentemente dos anteriores, ganharam piso, balcões e demais estruturas e instalações que se adequam às normas técnicas e de segurança vigentes, incluindo as novas redes de gás.
As escadarias também entraram no pacote de intervenções e estão recebendo novo piso, conforme padrão utilizado no câmpus. Até um elevador será instalado no prédio, aumentando ainda mais a acessibilidade no local. A equipe da IBH trabalha ainda na construção e reforma de depósitos e na reestruturação dos acessos.
Coordenador de área física do curso técnico em Química, Bernardo Vaz afirma que as obras em andamento contemplam todo o prédio, finalizando todas as reformas necessárias para o funcionamento de laboratórios e aulas práticas do curso técnico em Química, e atenderão parcialmente a Engenharia Química e o recém-criado mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais. Ele acredita que outros cursos, que sempre utilizaram os laboratórios, como os superiores de Tecnologia em Saneamento Ambiental (TSA) e Gestão Ambiental (TGA), a Cinat-Química, além de grupos de pesquisa dos câmpus Pelotas e Pelotas-Visconde da Graça, se beneficiarão e muito com as novas instalações.
“A necessidade é transformar antigas e precárias instalações em ambientes seguros e propícios para prática laboratorial em química. Não há nada mais importante do que a segurança e a saúde dos nossos alunos e colegas servidores, professores e técnicos, que aqui trabalham.”, pontua Vaz.
Providências
Assim que assumiu a direção-geral do câmpus Pelotas, em 2013, o professor Rafael Blank Leitzke fez uma visita ao prédio da Química, na companhia dos coordenadores da época, para verificar a real situação da unidade e listar todas as demandas apontadas por professores, técnico-administrativos e alunos. Leitzke destaca que, de fato, o local apresentava diversos problemas e estrutura precária e, por isso, colocou a reestruturação do prédio como uma das prioridades de sua gestão.
“As intervenções eram urgentes. Não dava mais para esperar. Os laboratórios, por exemplo, apresentavam piso de parquet e balcões com tampo de fórmica, algo não recomendado pelas normas técnicas e de segurança vigentes”, ressalta o diretor-geral.
Para o dirigente, a otimização e o compartilhamento de áreas por diferentes cursos têm sido a saída para driblar a falta de espaço físico do câmpus. E dentro desta lógica, reforça Leitzke, a prioridade é o investimento em espaços acadêmicos.
“Estamos fazendo mais com menos recursos, mudando drasticamente as prioridades e privilegiando, assim, a criação de laboratórios, salas de aula e miniauditórios, com reaproveitamento de espaços ociosos e realocação de outros, focando sempre no ensino, na pesquisa e extensão”, afirma.
O curso técnico em Química é formado por um grupo de 25 professores, sendo 15 doutores e dez mestres, todos envolvidos em projetos e grupos de pesquisas, com trabalhos apresentados em eventos científicos nacionais e internacionais. Participam desses projetos diversos alunos bolsistas de iniciação científica e estagiários, além de estudantes de graduação e pós-graduação, orientados e coorientados por estes docentes.
Conforme o coordenador do curso, professor Leandro da Conceição Oliveira, os avanços e melhorias que estão acontecendo, através da criação e reestruturação da área física, permitirão alocação ideal e segura para os equipamentos adquiridos nos últimos anos e também melhorias nas condições de trabalho de alunos e professores em aulas práticas e no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa e extensão.
“Ressalto, ainda, as melhorias em acessibilidade, com a instalação de um elevador, e em área de convivência para os alunos, o que permitirá maior integração entre as turmas”, acrescenta Oliveira.
Soluções
Doado à instituição de ensino pela então Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul), no final da década de 1970, o prédio, à época, precisou ser adaptado para receber o curso técnico em Química. Ainda assim, levando-se em conta a série de recomendações aplicadas a segmentos que trabalham rotineiramente com produtos inflamáveis e de alta periculosidade, eram urgentes obras que abarcassem a estrutura como um todo.
O engenheiro civil Valmir Cunha Canhada Junior, titular da Coordenadoria de Apoio a Projetos e Obras, diz que as intervenções que estão sendo feitas atualmente tornam o pavilhão da Química um ambiente mais seguro e apropriado para as atividades realizadas no dia a dia do curso. Além disso, Canhada Junior revela que estudos preliminares estão sendo feitos para a construção de um novo prédio destinado à Química, de seis pavimentos, com mais salas de aulas, laboratório de informática, miniauditórios e espaços tanto para as coordenadorias como para os grupos de pesquisa.
“Com isso, o atual prédio da Química sofreria algumas pequenas reformas e passaria a abrigar apenas laboratórios de aulas práticas e de uso exclusivo de professores e grupos de pesquisa”, explica.
No entanto, o que está impedindo de o projeto sair efetivamente do papel é a questão orçamentária. O novo complexo, que seria erguido ao lado do prédio atual, em uma área pertencente ao estacionamento da escola, custaria em torno de R$3,5 milhões - fora mobiliários e equipamentos -, e o orçamento do câmpus Pelotas para 2017, por exemplo, é de R$11,1 milhões, sendo R$10,1 milhões para custeio e material de consumo e apenas R$1 milhão para obras e material permanente.