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Empresa formada por alunos e ex-alunos do IFSul investe em tecnologia para alavancar negócios

EMPREENDEDORISMO

Máquina armadora de caixas de papelão é o primeiro produto lançado pela pelotense Mecalônia
publicado: 04/02/2019 15h37, última modificação: 04/02/2019 15h37

Quantas pessoas são necessárias para um empreendimento dar certo? Para a Mecalônia, empresa pelotense de tecnologia em automação fundada recentemente, a resposta é 11. Onze integrantes qualificados, que trabalham em clima colaborativo, de união, com o predomínio da chamada gestão horizontal, na qual “todos participam do processo e ninguém está acima ou abaixo de ninguém, todos são iguais”, como define o diretor e fundador Juliano Muller.

Desse time de 11 colaboradores, dez são alunos ou ex-alunos formados no câmpus Pelotas do IFSul. Em geral, são engenheiros eletricistas, técnicos em mecânica industrial, edificações e eletrônica, que garantem um funcionamento orquestrado à Mecalônia, sediada no bairro Sítio Floresta e que tem como missão aproximar as tecnologias usuais do dia-a-dia da realidade da indústria.

“A bagagem adquirida no IFSul foi um prato cheio para ingressar com o pé direito no mercado de trabalho, principalmente na origem da Mecalônia, que prestava serviços de manutenção em diversas regiões do país. Nessas circunstâncias, era percebida a qualidade da mão de obra formada aqui na região, e isso nos deu crédito e confiabilidade com nossos primeiros clientes”, conta Pablo Caldeira, engenheiro de projetos da Mecalônia, responsável pela criação do hardware e software da máquina armadora de caixas de papelão Meca 1F, primeiro - e por enquanto o único - produto da empresa disponibilizado para comercialização. Ela foi lançada oficialmente no dia 24 de janeiro, em evento organizado pela Mecalônia para clientes. Na oportunidade, também estiveram presentes os professores da engenharia elétrica do IFSul/câmpus Pelotas, Marcel Souza Mattos, coordenador do curso; e Roberto Tomedi Sacco.

“Apresentamos aos nossos clientes o protótipo final, porém, já havíamos iniciado, no final de dezembro, a fabricação do lote piloto, composto por três máquinas, que até o momento não possui compradores definidos. Nossa intenção é fabricar, após a venda do lote piloto, cinco máquinas por mês. Os clientes em potencial são indústrias de alimentos, enlatados, cosméticos, entre outras, que utilizam caixas de papelão, do tipo maleta, no final da linha de produção e principalmente as empresas fabricantes de papelão, que comumente trabalham com a modalidade de comodato, colocando a máquina em seus clientes através de contratos de exclusividade de fornecimento do papelão”, explica o engenheiro.

Para o primeiro ano de funcionamento, a expectativa da Mecalônia é vender 45 máquinas, sempre focando no desenvolvimento de tecnologias que garantam inovação e produtos com melhor custo-benefício no mercado. A próxima a entrar na linha de produção e comercialização será a Meca 1C, semelhante à Meca 1F, porém, ao invés de selagem das caixas com fita, será utilizada cola adesiva (hot-melt). O lançamento está previsto para o ano que vem.

“Ter a visão do mercado de trabalho e até mesmo do conhecimento adquirido dentro do curso, enquanto aluno, é um exercício difícil de se fazer. Normalmente, o estudante não enxerga o próprio potencial e a carga de aprendizagem que está desenvolvendo ao longo do curso. Porém, ao sair da sala de aula, é amplamente notável a qualidade da mão de obra, seja em âmbito técnico ou de engenharia, formada pelo IFSul. Os alunos de curso técnico ou engenharia podem acreditar que através de empenho e esforço, iniciado ainda como aluno, é possível sim empreender e fazer tecnologia em nossa região e também no país”, ressalta Pablo Caldeira.