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IFSul representa institutos federais da Região Sul em evento promovido pelo MEC
INSTITUCIONAL
Sem muitas pretensões de receber financiamento direto do Ministério da Educação (MEC), o Mulheres Mil pode acabar sendo institucionalizado pela Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Em recente encontro realizado em Brasília, representantes de institutos federais de todo o país debateram o futuro do programa e soluções para mantê-lo em atividade.
Nesta reunião, o IFSul representou os institutos federais da Região Sul. A servidora Lígia Nara Lopes Maciel, do câmpus Pelotas, integrou o Grupo de Trabalho (GT) criado pelo MEC, que discutiu propostas para a manutenção do Mulheres Mil. Umas das sugestões é levar o programa para dentro da Rede Federal, onde cada instituição de ensino ficaria responsável pelo financiamento das capacitações. Os recursos viriam do próprio orçamento dos institutos, que já vem sendo alvo de sucessivos cortes por parte do governo federal.
O programa Mulheres Mil tem como objetivo oferecer as bases de uma política social de inclusão e gênero, beneficiando mulheres em situação de vulnerabilidade social através do acesso à educação profissional, ao emprego e renda. Os projetos locais são ordenados de acordo com as necessidades da comunidade e segundo a vocação econômica regional.
“Uma das ideias que surgiu no encontro é aplicar a metodologia utilizada no Mulheres Mil na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com a proposta de garantir a permanência, o êxito e elevar a autoestima dos alunos dessa modalidade de ensino”, destaca Lígia.
Ainda em Brasília, a convite do MEC, a servidora do câmpus Pelotas participou de uma reunião que definiu estratégias para multiplicação do “Maria da Penha vai à escola”. Desenvolvido com o apoio do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape), da Gerência de Formação Continuada na Modalidade Educação a Distância (Gead) e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o projeto promove cursos de capacitação para profissionais que trabalham com questões que envolvem gênero e violência contra a mulher.
Conforme Lígia, o próximo passo é dialogar com os Tribunais de Justiça de cada estado para que o projeto possa ser amplamente difundido em todo território nacional, e os institutos federais seriam os principais multiplicadores disso.