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Inclusão: provas em braile e em Libras marcam o Vestibular de Verão do IFSul

O Vestibular de Verão do IFSul foi ainda mais inclusivo. Além da tradicional prova aplicada no processo seletivo aos cursos técnicos do instituto, o Vestibular de Verão deste ano, que ocorreu nesse domingo (11), contou com provas aplicadas em braile e em Língua Brasileira de Sinais (Libras), contemplando candidatos com deficiências visual e auditiva. As provas inclusivas aconteceram nos câmpus Pelotas, Charqueadas, Gravataí e Sapucaia do Sul.
publicado: 14/12/2016 13h54, última modificação: 14/12/2016 14h09

O Vestibular de Verão do IFSul foi ainda mais inclusivo. Além da tradicional prova aplicada no processo seletivo aos cursos técnicos do instituto, o Vestibular de Verão deste ano, que ocorreu nesse domingo (11), contou com provas aplicadas em braile e em Língua Brasileira de Sinais (Libras), contemplando candidatos com deficiências visual e auditiva. As provas inclusivas aconteceram nos câmpus Pelotas, Charqueadas, Gravataí e Sapucaia do Sul.

Os recursos de acessibilidade do processo seletivo foram disponibilizados a todos os inscritos que fizeram a solicitação no momento da inscrição. Essa foi a primeira vez que o IFSul ofertou a prova em braile, após a consolidação das provas elaboradas em Libras, oferecidas no instituto desde 2014. Neste processo seletivo, foram três as provas aplicadas em braile e duas realizadas em Libras.

Proporcionar uma condição de igualdade de possibilidades na realização do processo seletivo foi, de acordo com a chefe do Departamento de Ações Inclusivas do IFSul, Andreia Colares, a principal motivação para a oferta das provas nesses formatos. Sobre o trabalho realizado no IFSul para que as provas aconteçam, Andreia comemora: “a reclusão à que as pessoas com deficiência estavam submetidas pelos obstáculos de comunicação causados pelo desconhecimento de sua língua começam a serem vencidos e, aos poucos, derrubados no instituto”.

A autonomia dos inscritos na realização das provas acessíveis foi citada pelos organizadores como um dos grandes diferenciais do processo seletivo inclusivo. “Os candidatos tiveram total autonomia para ver e rever as questões quantas vezes quisessem, fato que os coloca em igualdade de condições com os demais candidatos”, destaca a intérprete de Libras do câmpus Pelotas, Tânia Madeira. Segundo ela, os candidatos surdos só precisaram ser orientados sobre o funcionamento do DVD que continha a prova traduzida para que realizassem, com total independência, a resolução das questões.

Saiba Mais

Em 2016, o Departamento de Ações Inclusivas da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proex), juntamente com os Napnes, ampliou a acessibilidade nas provas, oportunizando aos candidatos cegos a prova em braile por meio de uma parceria com a Associação Escola Louis Braille, da cidade de Pelotas.

O sistema braile foi criado em 1825 pelo jovem francês Louis Braille, nascido em 4 de janeiro (Dia Mundial do Braille) de 1809. O braile é um código universal que permite às pessoas cegas beneficiar-se da escrita e da leitura, dando-lhes acesso ao conhecimento, favorecendo sua inclusão na sociedade e o pleno exercício da cidadania.