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Ex-alunas do curso de cuidador de idosos se reencontram em evento promovido pelo câmpus

PROGRAMA ANA TERRA

Café da tarde teve como objetivo monitorar situação atual das egressas
publicado: 18/10/2019 15h41, última modificação: 18/10/2019 15h41

Após a formatura da primeira turma do curso de cuidador de idosos, oferecido pelo programa Ana Terra, 15 das 32 ex-alunas da edição 2018 voltaram a se encontrar no câmpus Pelotas, local onde, há cerca de um ano, suas vidas ganharam um novo rumo, um recomeço.

Elas participaram de um café da tarde na quarta-feira (16), promovido pelo câmpus Pelotas. O evento teve como objetivo reunir as egressas do curso e fazer um levantamento da atual situação de cada uma delas.

“As informações que coletamos não poderiam ter sido melhores. A maioria dessas ex-alunas está inserida no mercado de trabalho. Com isso, estão mantendo viva a autoestima, confiantes de que estão prosperando a cada dia”, relata a servidora Ligia Maciel, da Diretoria de Pesquisa e Extensão (Dirpex), setor responsável pela organização do curso no câmpus Pelotas.

 Mesmo antes desse reencontro, as egressas já vinham mantendo contato por meio de um grupo criado em um aplicativo de mensagens. A ferramenta vem servindo como um networking bastante eficaz, tanto que elas compartilham, neste ambiente, vagas de emprego e diferentes oportunidades de trabalho, ainda que informais.

Quem fez parte da capacitação no ano passado hoje vê a vida sob outra perspectiva. Para Ana Márcia Silva Leal, 54 anos, o curso de cuidador de idosos foi “um despertar muito interessante”. Ela ficou sabendo do edital por uma prima, que já havia participado no câmpus Pelotas do já extinto programa Mulheres Mil, do governo federal.

“No início, achei o curso um pouco diferente, mas, aos poucos, fui entendendo a dinâmica e gostando bastante. Tinha 49 anos quando meu casamento acabou e estava meio perdida. A convivência com outras colegas do curso me fez entender algumas coisas e me deu muito mais força e segurança para seguir adiante”, conta Ana Márcia, que só não está empregada atualmente porque precisa tomar conta do pai, mas afirma que tem buscado sempre se aprimorar como cuidadora de idosos, área que pretende atuar quando voltar ao mercado de trabalho.

Nova edição

A primeira edição do programa Ana Terra, iniciativa do IFSul que oferece capacitação profissional a alunas em situação de vulnerabilidade social e econômica, foi executada entre os meses de setembro e dezembro de 2018. Cada participante recebeu bolsa mensal de R$250,00, custeadas com recursos da Reitoria e do próprio câmpus Pelotas. Pela primeira vez, o edital contemplou mulheres cisgênero e transgênero e travestis, o que, segundo Ligia Maciel, tornou o grupo bastante heterogêneo e recheado de histórias de vida “pesadas e angustiantes”.

Por conta do contingenciamento orçamentário que vem afetando universidades e institutos federais, a segunda edição do Ana Terra ainda é uma incógnita. Caso a proposta seja selecionada em um possível edital a ser lançado pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura, Ligia calcula que sejam necessários mais de R$40 mil - somente em bolsas, sem contar alimentação - para que o programa saia do papel. Os recursos, segundo ela, viriam da Reitoria do IFSul, e o câmpus Pelotas ficaria responsável pela organização do curso, que tem como base a metodologia Acesso, Permanência e Êxito do programa Mulheres Mil.