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Aluno do IFSul é o único gaúcho medalhista em competição nacional

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Bruno Fernandes, da eletrônica, conquistou a prata na Olimpíada Nacional de Ciências, que reuniu mais de 200 mil estudantes de todo o país
publicado: 08/11/2018 18h05, última modificação: 08/11/2018 18h05

O único aluno gaúcho medalhista na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2018 é do IFSul. Bruno Fernandes, de 17 anos, do terceiro semestre do curso técnico em eletrônica do câmpus Pelotas, atingiu a marca de 77,78 pontos na segunda e última fase da competição e ficou com a prata. Ao todo, mais de 200 mil estudantes de todo o país participaram desta edição da ONC.

Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Sociedade Brasileira de Física (SBF), Associação Brasileira de Química (ABQ) e Instituto Butantã, a ONC é uma competição nacional destinada a estudantes de escolas públicas e privadas, do nono ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Divididas em duas fases, as provas são compostas por questões de física, química e biologia.

Bruno estava inscrito na Modalidade C, exclusiva para estudantes do segundo ano do ensino médio. Ele diz que o nível de dificuldade das duas fases não era muito alto, mas ambas cobraram muito conteúdo, o que acabou atrapalhando um pouco a sua estratégia de prova.

“Achei a primeira fase mais difícil do que a segunda, justamente porque a diversidade nos conteúdos cobrados foi bem maior. E, por causa disso, a matéria que menos consegui me preparar foi biologia, já que a química e a física acabam utilizando alguns princípios e conceitos parecidos, com os quais eu já estava relativamente familiarizado antes de realizar a prova, e isso acabou facilitando a preparação para essas duas matérias”, conta.

Desde o início do ano, Bruno participa do Polo Olímpico de Treinamento Intensivo (Poti) no câmpus Pelotas, que oferece curso preparatório e gratuito de matemática para estudantes interessados em participar de competições estudantis. Ele acredita que esta experiência tem feito a diferença em seu rendimento em olimpíadas e, sobretudo, em seu planejamento de estudo.

“O curso ajuda bastante no desenvolvimento do pensamento matemático e lógico, principalmente por trazer novas questões e fazer com que a gente se acostume a estudar para essas competições. Sem falar nas oportunidades que o professor Júlio (Mohnsam, professor de matemática do câmpus Pelotas) vem criando não só para mim, mas para vários alunos. Elas me permitiram ganhar a experiência necessária para lidar com alguns tipos de questões e com a prova em si. Claro que o estudo foi muito importante, mas sem essa iniciativa, de investir nessas competições, eu provavelmente nem teria pensado em realizar a prova”, ressalta Bruno, que está tendo um ano de 2018 pra lá de especial. Até agora, ele conquistou prêmios em todas as competições que participou. Foi prata no Canguru Matemático e na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) (classificado para seletiva das olimpíadas internacionais) e aguarda os resultados da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) e da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (Obfep), previstos para o final deste mês e fevereiro de 2019, respectivamente.

Apesar do excelente aproveitamento, ele acredita que não existe uma receita pronta ou uma forma considerada a ideal de estudo. Na opinião dele, o mais importante é a frequência.

“A maior parte dos estudos é focada na área da matemática, pois essa disciplina acaba sendo extremamente utilizada em todas as provas. Não existe uma fórmula para estudar, cada um tem a sua maneira, o importante é não perder completamente a frequência, para não ter que recuperar tudo antes de uma prova. E nisso o Poti tem sido fundamental porque os encontros semanais ajudam a não perder o ritmo de estudos. E obviamente, antes de uma competição, é necessário focar na prova e nos conteúdos que ela apresentará, até porque muitas delas variam muito no que é cobrado”, observa.

Após concluir o curso técnico em eletrônica, Bruno pretende cursar engenharia, mas ainda não decidiu qual. Física e Matemática também aparecem como opções de graduação, acrescenta o estudante.

“Sempre tive afinidade com as ciências exatas, e ultimamente venho tendo cada vez mais certeza de que quero seguir nessa área profissionalmente”, afirma.

Além da prata de Bruno, o câmpus Pelotas aparece na lista das menções honrosas da ONC 2018 com o aluno Iago Riveiro Santos Dutra, do quinto semestre do curso técnico em química, que participou na Modalidade D, destinada a estudantes do terceiro ano do ensino médio. Iago também é integrante do Poti e já foi bronze na Olimpíada Gaúcha de Química 2016, menção honrosa na Obmep 2017, prata na Olimpíada Regional de Matemática do IFSul 2017, prata na Olimpíada Brasileira do Saber 2018, bronze no Canguru Matemático 2018 e, assim como Bruno, ainda aguarda os resultados da Obmep e Obfep deste ano.